Mãe afirmou que morte de policial aconteceu por ele estar desarmado.
Secretário do RJ diz que Craf não foi emitido por causa da falta de papel.
O PM Evaldo estava chegando para trabalhar na UPP do Alemão quando foi atacado por criminosos.
A falta de papel para a emissão do certificado de registro de arma de fogo teria contribuído para a morte do policial militar Evaldo César Silva de Moraes Filho, segundo o que afirmou a mãe do PM durante o enterro do filho: “Morreu por causa de um pedaço de papel para o meu filho usar uma arma, que ele suou para comprar. Um papel que não tem no Estado. Um papel. Mas eles têm avião, navio, ouro”, lamentou a mãe do policial durante o enterro no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Norte do Rio.
De acordo com ela, ele só estava desarmado porque ainda não tinha o registro de arma de fogo, que é um documento necessário para que os policiais usem armas particulares que não sejam da corporação. O secretário de Segurança Pública do Estado do RJ, José Mariano Beltrame, admitiu que o policial estava desarmado porque está faltando papel para o certificado de registro de arma de fogo, chamado de Craf.
“Só que a questão do Craf tem um detalhe: a falta de papel, ela existe, é que não é um papel comum, é um papel selo, é um papel tipo papel de passaporte, ele é todo estilizado, com marca d´água. Mas isso está licitado, está comprado e está pago, não é uma questão de falta de movimentação da Polícia Militar. Pelo menos essa foi a resposta que eu tive do comandante geral da PM, já sabendo dessa demanda”, afirmou o secretário Beltrame.
O secretário falou também da operação no conjunto de favelas do Alemão para prender suspeitos responsáveis pela morte do PM. Ele disse que um dos presos na ação, envolvido em um ataque no Alemão na semana passada, estava com a tornozeleira eletrônica desligada.
“Existe um suspeito preso, e já foi com sua prisão confirmada, que é um suspeito que estava com a tornozeleira desligada desde o dia 23 de abril. E esse suspeito participou de um confronto na segunda-feira da outra semana com policiais da UPP do Alemão aonde dois marginais foram mortos e este marginal conseguiu se evadir. Eu queria dizer que o sistema de colocar a tornozeleira para esse homem foi dado a ele para ele matar a polícia. Não se tem controle. E sabe quem acaba fazendo isso? É a polícia de novo. Só que antes da polícia fazer isso, eles acabam matando covardemente um, dois policiais”, disse Beltrame.
Ainda de acordo com o secretário, se nada for feito a respeito os policiais continuarão morrendo de forma cruel e indiscriminada. Ele ainda ressaltou que hoje em dia o PM não morre mais durante confronto com criminosos, mas de forma covarde.
“Se isso continuar, essas barbaridades vão continuar acontecendo, principalmente a traição, como está acontecendo nesse lugar. O policial, hoje, no Rio de Janeiro, não morre mais em confronto, o que acontece aqui é tocaia, é covardia. E isto tem que ser considerado não pelo secretário, mas por todas as pessoas que são responsáveis, direta ou indiretamente, pela vida dos cidadãos e dos policias”, afirmou o secretário.
1 comentário. Deixe novo
Isso já aconteceu em.2012 , 2013 e 2015 agora em 2016. Lamentavelmente o policial está exposto mais e mais . Existe casos que policiais militares tiveram seus armamnetos furtados ou até mesmo roubado e não foram autorizados adquirir outro por motivo de ter duas armas registradas em.seu nome. Houve também um bem.parecido o militar teve seu carro furtado e levaram suas armas, participou a sua unidade de imediato , fez registro na DP e solicitou uma nova aquisição a qual foi autorizada, depois de 1(um)/e 6(seis) foi negada pela CIMPERJ a emissão do CRAF mesmo tendo publicado a autorização para compra e a.nota fiscal do referido armamento. Motivo alegado pela CI que o PM não poderia adquirir outra por ter duas registradas em.seu nome. Bem de acordo com.a DMB EB 036 art 42 de dez1999, pode se adquirir outra na mesma quantidade que não untrapasse o permitido, também em.casos de extravio, furto , roubo e até mesmo de inutilização, desde que seja registrado o fato em uma delegacia distrital. Esse caso foi entregue a.justiça para que o.mesmo.possa se defender não só a si mais também outrem, porque mesmo de.folga , férias RR e reformado o PM nunca deixará de ter seu tino de policial.