

Nesse vídeo, falamos da história de Ademir Lima da Silva e de sua mãe, senhora Lêda da Silva. Dona Lêda nos deu permissão de gravar em sua própria casa para mostrar como estão vivendo por conta da covardia que a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) fez ao seu filho.
Senhor Ademir entrou na PM em 2001, era cabo lotado no 11o BPM, onde permaneceu até 2012.
Porém a partir de 2004, Ademir passou a apresentar problemas psiquiátricos, tendo recebido diversos tratamentos com internação nas unidades médicas da PM, com conhecimento de seus superiores.
Ele foi diagnosticado com Esquizofrenia Paranóide (CID F20.0). Seus problemas mentais foram se agravando por mais oito anos, sem que a PMERJ tomasse a iniciativa de reformar o policial, o que seria a atitude correta de acordo com o Estatuto da Corporação, que determina que nenhum policial pode ficar mais de dois anos de licença médica, mais grave ainda quando se trata de um caso psiquiátrico.
No entanto, ele passou OITO anos nessa agonia, até se envolver num caso que o levou a um Conselho de Disciplina, onde foi absolvido, mas no entanto, o Comandante Geral da PMERJ à época desprezou o relatório feito pelo colegiado, determinando sua exclusão ex-officio, em 2012.
O caso de Ademir é um somatório de erros e injustiças.
Primeiramente, porque o policial Ademir deveria ter sido reformado por incapacidade definitiva com os proventos integrais da graduação acima, por iniciativa da própria PMERJ desde quando foi diagnosticado com Esquizofrenia Paranóide. Por conta de sua doença, ele também não poderia ser levado a um Conselho de Disciplina, pois seus atos eram inválidos, devido a sua condição. No entanto, a Junta Médica, atestou que o paciente estava apto para responder o conselho, sem levar em consideração seu quadro clínico psiquiátrico. Para piorar, mesmo tendo sido absolvido pelo conselho, o Comandante optou por sua exclusão sumária.
Tal atitude desumana e irresponsável por parte do Comandante acarretou numa piora do quadro clínico de Ademir, que hoje vive sob a completa dependência financeira de sua mãe, a senhora Lêda. Ela, por sua vez, não recebe os proventos no valor correto da pensão de seu falecido marido policial militar.
Cada dia, fica provado como a PMERJ e o Estado maltratam o policial. Muitos se iludem com essa profissão. Saibam que serão explorados e mal pagos, e que na primeira oportunidade, podem ser traídos pela corporação a qual se dedicaram tanto.
Quanto ao caso acima, a ASSINAP já tomou as medidas judiciais para anular todo ato administrativo que resultou na exclusão de Ademir, requerendo sua reintegração e imediata reforma por incapacidade definitiva.
Miguel Cordeiro – Presidente da ASSINAP e do Sind-Rep