

Essa pergunta do título do nosso texto é a que nós da ASSINAP nos fazemos diariamente. Depois de nossos servidores públicos sofrerem tanto nas mãos do nosso governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão em 2015, o suplício parece não ter fim já em 2016, aquele lema de ano novo, vida nova parece não se aplicar no Rio de Janeiro.
Depois de terem sofrido com os salários atrasados do mês de novembro, terem sofrido graves problemas com a segunda parcela do 13º salário, já que nosso excelentíssimo representante maior do Estado, informou aos servidores/pensionistas, que o Rio não tinha dinheiro para honrar com seus compromissos, por isso dividiu o pagamento em 5 parcelas, ou em parcela única junto a um empréstimo com uma instituição financeira, nossos servidores estão em um beco sem saída.
Não satisfeito, nosso respeitável governador, através de um decreto alterou o calendário de pagamento dos 460 mil funcionários públicos do Estado do Rio em 2016. Os servidores aposentados e os ativos receberão até o quinto dia útil de cada mês. E os pensionistas, cerca de 90 mil pessoas, também terão o benefício creditado neste prazo. Anteriormente, os pensionistas recebiam nos cinco últimos dias úteis do próprio mês. Já os inativos tinham o crédito feito no primeiro dia útil e os ativos no segundo dia útil do mês subsequente.
Agora vejam que belo balanço de final de ano para os servidores: Além de receberem o salário do mês de novembro atrasado, ficam parcialmente sem o 13º e ainda tem sua data de recebimento alterada. E como não bastassem notícias que circulam nos maiores portais de notícias do Brasil, como na coluna do Lauro jardim do Jornal O Globo, que nosso governador informa que não assegura o pagamento dos salários no próximo mês de fevereiro e que vai precisar de ajuda do governo federal para “passar a régua” nas contas do mesmo mês.
Segundo nosso governador no final de dezembro, cortes foram feitos em secretarias, em prédios do governo do Estado e inclusive em seu próprio salário para que as contas de 2016 fossem ajustadas, seria muito bom, muito bonito se esse fosse realmente o propósito, mas se analisarmos os fatos a seguir, perceberemos a “jogada” de marketing do governo com o Rio:
A piscina do Palácio Laranjeiras, por exemplo, passa por reformas segundo a coluna do Lauro Jardim do O Globo, a EMOP, empresa de obras públicas do Rio, abriu licitação também em dezembro para continuar as reformas no Palácio, agora imaginem quanto custa essa reforma? 2,4 milhões de reais, sendo que nosso digníssimo nem reside lá. O papel de trouxa foi aplicado ao povo, sem ao menos oportunidade de contestação.
Apesar da crise que o Estado vive o governo Luiz Fernando Pezão não pensa em diminuir os investimentos em propaganda. No último dia útil de 2015, o governo do Rio de Janeiro bateu o martelo na concorrência para as agências que farão suas campanhas publicitárias e institucionais. O valor será de R$ 120 milhões, que pode chegar a R$ 150 milhões, dado que o edital prevê um aditivo de 25%. O mesmo valor de 2015. Ou seja, é muito mais importante atrasar salários, dividir os direitos dos servidores, mas cortar gastos com campanhas publicitárias não pode?
Nós da ASSINAP, estamos cansados de tantas promessas, e de sofrermos as ações de extrema tirania do governo atual, vamos continuar lutando diariamente para que os nossos direitos sejam respeitados, e o que podemos garantir é que em 2016 vem muita luta por aí.
Fotos: Lauro Jardim – O Globo